Até junho deste ano, as ações de vigilância sanitária da produção de aves em Minas Gerais, lideradas pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), têm previsão de conclusão. Com o intuito de assegurar a ausência de doenças aviárias, como a influenza aviária e a Doença de Newcastle, 34 propriedades de aves para consumo próprio e 105 relacionadas à avicultura industrial foram selecionadas para participar de um inquérito soroepidemiológico. O Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), sob a coordenação da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), é responsável pela coleta de amostras biológicas nas áreas monitoradas em todo o estado, priorizando regiões com grande produção avícola comercial. Para as aves de subsistência, foram feitas escolhas aleatórias, cobrindo o território mineiro, após análise de risco realizada pelo Mapa.

O inquérito, coordenado pelo Mapa com base em um sistema da Universidade de São Paulo (USP), é dividido em cinco etapas, com destaque para a vigilância ativa, que envolve visitas técnicas, e a passiva, que depende de notificações ao Serviço Veterinário Oficial (SVO). Os resultados são enviados para análise no Laboratório Federal de Defesa Agropecuária de Campinas (LFDA), em São Paulo, com histórico negativo desde 2009 para as doenças de Newcastle e influenza aviária em Minas Gerais e no Brasil.

Essas medidas de vigilância sanitária visam garantir a qualidade da produção nacional, trazendo segurança ao mercado externo e fortalecendo a economia do país. O cadastro no IMA é essencial para reduzir riscos à saúde e à economia, incluindo as aves de subsistência como potenciais transmissores de doenças.

Com a promulgação de uma lei estadual no final de 2023, as práticas de biosseguridade na produção avícola em Minas Gerais foram reforçadas, tornando obrigatória a Guia de Trânsito Animal (GTA) para o transporte de aves dentro do estado, sob pena de multas para coibir atividades clandestinas prejudiciais ao plantel avícola.

Minas Gerais, sendo o segundo maior produtor de ovos e o sexto em aves de corte no país, desempenha um papel fundamental na economia nacional. A proteção da saúde do plantel avícola não só preserva a saúde pública, mas também mantém a estabilidade econômica de muitas famílias que dependem dessa atividade.