por falha no abastecimento de água.
Os órgãos ambientais do estado do Rio de Janeiro descobriram, nesta quinta-feira (4), o local exato do vazamento de tolueno, um poluente que causou a interrupção da produção de água do Sistema Imunana-Laranjal, operado pela Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae). Esse sistema fornece água para as cidades de Niterói, São Gonçalo, Itaboraí, Maricá e a Ilha de Paquetá, no estado do Rio. O tolueno é empregado em diversos setores da indústria e deve ser manuseado com cuidado devido aos riscos que apresenta para a saúde. A paralisação desse sistema pode afetar mais de dois milhões de pessoas, com residentes de diferentes bairros de Niterói relatando escassez de água.
A expectativa é que a normalização do sistema comece ainda hoje. Os técnicos da Cedae, do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) e da Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA) identificaram o local do vazamento às margens do Rio Guapiaçu, em Guapimirim, na Baixada Fluminense.
Foi constatada a contaminação na quarta-feira (3) pela Cedae, às 5h59, devido a uma alteração na qualidade da água bruta. Imediatamente, testes foram realizados no Laboratório Biológico de Rastreamento Ambiental (Libra), operado pela Cedae, que interrompeu a captação de água. Isso levou à formação de uma equipe de resposta e à abertura de uma investigação policial para identificar os responsáveis, conforme determinação do governador Cláudio Castro.
A Cedae informou que o Rio Guapiaçu e o Rio Macacu foram examinados em vários pontos para coleta de amostras, o que levou à descoberta de um oleoduto em um trecho específico. Para evitar que a água contaminada atinja o ponto de coleta da Cedae, foi instalada uma barreira em conjunto com o Inea. Além disso, o instituto realizará uma prospecção de solo para aprofundar os testes.
O vazamento foi rapidamente identificado, o que foi crucial para prevenir que a contaminação atingisse os lares de cerca de dois milhões de pessoas que recebem água tratada do Sistema Imunana-Laranjal. Os profissionais do Inea, da Cedae e da Polícia Civil continuam mapeando e percorrendo as margens dos rios com apoio de helicópteros, drones e uma embarcação. A DPMA enviou peritos para acompanhar os exames e abrir um inquérito.
As amostras de água dos rios continuarão sendo analisadas pelo laboratório Libra, que dispõe de equipamentos modernos capazes de identificar diversas substâncias em 30 minutos. A Águas de Niterói comunicou a suspensão do abastecimento na cidade, pedindo que os clientes economizem água até que a situação se normalize, enquanto a Concessionária providencia o fornecimento de carros-pipa para serviços essenciais.