Estudo indica avanços no cultivo de plantas no espaço

Sensores de polímero: resistência à umidade e temperatura

Estudo indica avanços no cultivo de plantas no espaço

Pesquisadores da Universidade de Illinois Urbana-Champaign criaram sensores altamente extensíveis que conseguem acompanhar o crescimento das plantas e enviar informações sem intervenção humana, conforme publicado na revista Device. Esses sensores de polímero são capazes de se esticar mais de 400% e permanecer presos às plantas durante o crescimento, sendo resistentes à umidade e temperaturas. Eles enviam sinais sem fio para um ponto remoto de monitoramento. O estudo, liderado pelos professores Ying Diao, de engenharia química e biomolecular, e Andrew Leakey, de biologia, apresenta os primeiros resultados de uma pesquisa financiada pela NASA para explorar a aplicação da eletrônica impressa na agricultura espacial.

O dispositivo, conhecido como SPEARS2 (Sensor de Deformação Remoto Autônomo baseado em Eletrônica de Polímero Esticável), foi desenvolvido ao longo de três anos de trabalho intenso. Os pesquisadores enfatizam que essa inovação técnica permite medições precisas e não invasivas do crescimento das plantas em tempo real, complementando as ferramentas existentes para investigar processos genômicos e celulares.

A próxima etapa dos pesquisadores é expandir a metodologia para monitorar o crescimento interno e externo das plantas, assim como a capacidade de detectar e monitorar processos químicos à distância. O estudo contou com a colaboração de pesquisadores da NASA e de diversas disciplinas da Universidade de Illinois, como bioengenharia, ciências agrícolas, e ciência e engenharia de materiais.

O estudante de graduação Siqing Wang, primeiro autor do estudo, compartilha os desafios enfrentados durante o desenvolvimento do dispositivo, realçando a importância de tornar os componentes mais flexíveis e elásticos, além de assegurar a confiabilidade em ambientes com alta umidade e crescimento acelerado das plantas.