De acordo com o último Informativo Conjuntural divulgado nesta quinta-feira (11/04) pela Emater/RS-Ascar, vinculada à Secretaria Estadual de Desenvolvimento Rural (SDR), a região administrativa de Passo Fundo segue enfrentando desafios no plantio de eucalipto. As pequenas áreas de floresta ainda são responsáveis por suprir a demanda local, principalmente para consumo energético. Existe uma crescente preocupação com a possível escassez de matéria-prima para energia a médio prazo, levando empresas consumidoras de lenha a se prepararem para iniciar novos plantios diante dessa perspectiva.

Na região de Caxias do Sul, onde cerca de 31 mil hectares são destinados ao cultivo de eucalipto, de acordo com dados do IBGE de 2018, observa-se um aumento na demanda pela matéria-prima proveniente desses plantios. Isso sinaliza uma recuperação na cadeia produtiva do setor. O eucalipto se destaca entre outras espécies florestais de crescimento rápido, sendo impulsionado pelo aumento da demanda em setores como o de desdobro, graças à sua versatilidade de uso em várias aplicações, como lenha, construção civil, produção de carvão, entre outros.

Apesar desse cenário favorável, a movimentação para a implementação de novas áreas e para o manejo da brotação ainda não atende às expectativas, o que pode resultar em uma possível escassez de madeira da espécie nos próximos anos. A exportação de produtos derivados do eucalipto está em alta, o que tem contribuído para estimular a demanda interna.

No período analisado, destacam-se as práticas de tratos culturais, controle de pragas, corte, empilhamento e comercialização de toras e subprodutos. A cultura mantém boas condições fitossanitárias, porém, os preços pagos pela matéria-prima estão diretamente ligados à localização dos plantios, à dificuldade de extração e ao diâmetro da madeira. Apesar da melhoria no mercado, as regulamentações relacionadas ao plantio e à comercialização da espécie ainda representam obstáculos para expandir novas áreas e para vender a madeira.