Governo avalia medidas para conter especulação de preços
O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, comunicou à diretoria da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul) e aos sindicatos rurais do Estado que o governo federal está estudando a possibilidade de importar arroz, por meio da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), principalmente do Paraguai. Durante uma reunião virtual com as lideranças gaúchas nesta segunda-feira (7/5), Fávaro revelou que o volume avaliado para importação é de 1,5 milhão de toneladas.
Na mesma linha, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em entrevista transmitida pela TV Brasil, mencionou a possibilidade de importação de arroz e feijão como medida para prevenir uma elevação nos preços desses produtos.
O Rio Grande do Sul é o maior produtor de arroz do Brasil, com previsão da Conab para a safra 2023/24 de 10,5 milhões de toneladas, sendo 7,4 milhões provenientes do estado. Mais de 80% da colheita já foi realizada.
Em relação à quantidade de arroz a ser importada, o governo considera que é "razoavelmente baixa" e servirá para equilibrar o mercado até que a normalidade na cadeia produtiva seja restabelecida, principalmente no que diz respeito ao armazenamento e à logística de distribuição. Esse volume importado não seria imediatamente disponibilizado no mercado.
Alguns relatos indicam que o Paraguai pode não possuir toda a quantidade necessária do cereal, enquanto outros apontam que já existe produção colhida suficiente para atender à demanda. Existe também a preocupação de que a situação possa levar à criação de uma crise, segundo uma pessoa envolvida no setor orizícola nacional.