Enchente no Rio Grande do Sul afeta moinhos em maior proporção do que áreas agrícolas

Três moinhos de trigo do Rio Grande do Sul estão alagados e diversos têm operações interrompidas

Enchente no Rio Grande do Sul afeta moinhos em maior proporção do que áreas agrícolas

Os danos causados pelas enchentes no Rio Grande do Sul à cadeia tritícola ainda não podem ser quantificados com precisão. Em relação à produção, é importante destacar a possibilidade de danos no solo das áreas agrícolas e a descapitalização dos produtores de soja. Felizmente, as principais regiões produtoras de trigo parecem não ter sido severamente afetadas pelos desastres climáticos.

No entanto, os moinhos de trigo estão enfrentando sérias dificuldades devido à proximidade com as áreas alagadas. Alguns moinhos estão parados devido a problemas logísticos decorrentes das enchentes. A situação é especialmente preocupante considerando as dificuldades enfrentadas pelo setor moageiro ao longo do último ano, devido aos preços mais altos do trigo e à possível perda de grãos armazenados.

A Abitrigo pretende avaliar a situação dos moinhos assim que a água baixar. O pessimismo é evidente na cadeia tritícola, uma vez que a dificuldade enfrentada pela indústria pode afetar diretamente os produtores. Apesar dos estragos causados no solo, ainda é viável semear a safra de inverno, cujo período vai de 1º de maio a 31 de julho no estado.

A prioridade atualmente é o auxílio aos afetados pelas enchentes, e a incerteza sobre os prejuízos e o impacto na oferta e na demanda de trigo e derivados permanece. O sentimento de solidariedade tem prevalecido, demonstrando a importância de ajudar aqueles que foram atingidos pela catástrofe.