Expectativa de aumento na produção mundial de cereais para a safra 2024/25: 798,2 milhões de toneladas
Na primeira projeção para a safra 2024/25, o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) prevê que a produção global de trigo atinja 798,2 milhões de toneladas, um aumento de 1,3% em relação ao ciclo atual. O período de cultivo do trigo inicia em julho, diferentemente da soja e do milho.
A Rússia continuará sendo o maior produtor mundial, com uma estimativa de 88 milhões de toneladas, comparado aos 91,5 milhões do ciclo atual. Nos EUA, que influenciam os preços do trigo na bolsa de Chicago, a produção prevista é de 50,6 milhões de toneladas para o próximo ciclo, um pouco acima das projeções atuais. Esse número ficou aquém das expectativas do mercado, que previa em média 51,7 milhões de toneladas de trigo americano em 2024/25.
Para o Brasil, o USDA estima uma colheita de trigo de 9,5 milhões de toneladas em 2024/25, comparado a 8,1 milhões na safra anterior. Enquanto a Argentina, principal fornecedora do Brasil, deve recuperar 2 milhões de toneladas perdidas na última safra, totalizando 17 milhões de toneladas.
O consumo global de trigo é projetado em 802,4 milhões de toneladas, frente aos 800 milhões atuais. Com isso, a previsão de estoques finais para 2024/25 é de 253,6 milhões de toneladas, um pouco abaixo dos 257,8 milhões previstos para o final de 2023/24 e o menor número desde 2015/16. Ainda assim, a relação entre oferta e estoque continuará confortável, com 31,6%.
Em relação à safra atual, o USDA elevou a estimativa de produção global em 1 milhão de toneladas, para 787,7 milhões de toneladas. No entanto, revisou para baixo as projeções de estoques finais de 258,8 milhões para 257,8 milhões. Essa redução nos estoques, somada às projeções para 2024/25, fez os preços do trigo subirem na bolsa de Chicago, com os lotes mais negociados para julho agora sendo cotados a US$ 6,5525 o bushel, um aumento de 2,5% em relação ao último fechamento.