Produtores do Rio Grande do Sul se unem para exigir soluções para o endividamento.

Produtores gaúchos unem forças para buscar soluções para dívidas agrícolas

Produtores do Rio Grande do Sul se unem para exigir soluções para o endividamento.
Foto: Maurício Tonetto/GovRS

Os agricultores do Rio Grande do Sul estão mobilizados nesta semana para reivindicar medidas eficazes de socorro diante da situação das dívidas. A divulgação da medida provisória 1247, que desagradou o setor, resultou em uma concentração de máquinas agrícolas e solicitações de ajuda em diferentes municípios do estado.

Com a proximidade do dia 15, prazo para a prorrogação das dívidas, os agricultores estão em busca de uma solução para os problemas decorrentes de três anos de seca e de uma enchente histórica que aumentou o endividamento do setor. Em várias cidades, tratores, equipamentos agrícolas e caminhões estão estacionados em locais estratégicos ou às margens de rodovias para chamar a atenção para a crise. O movimento é pacífico.

Um grande evento, chamado "Tratoraço", está programado para acontecer na quinta-feira (8) em Porto Alegre, com a expectativa de reunir mais de 300 máquinas e 10 mil agricultores. O propósito é exercer pressão sobre o governo federal, em conjunto com a bancada gaúcha e organizações do setor, para que sejam realizadas modificações na medida provisória, beneficiando um maior número de agricultores que atualmente não se encaixam na renegociação das dívidas.

Lucas Flores, agricultor de Pantano Grande, e Jéssica Favaretto, agricultora de Espumoso, expressam a insatisfação com a medida provisória, ressaltando a urgência de emendas necessárias pelos parlamentares.

Lucas Scheffer, coordenador do SOS Agro RS, destaca a importância de alterar a medida provisória com rapidez, mencionando que o prazo para mudanças é limitado e que os parlamentares precisam agir de forma ágil.

De acordo com a Federação dos Trabalhadores da Agricultura Familiar (Fetag), pelo menos 30% dos agricultores afetados pelos eventos climáticos não têm condições de prosseguir com suas atividades sem recursos para reinvestir em infraestrutura, recuperação de propriedades, solos, animais e plantações. Eugênio Zanetti, vice-presidente da Fetag-RS, informou que a federação enviou um documento solicitando urgência na publicação de decretos que atendam às necessidades dos agricultores.

A mobilização segue com o intuito de garantir que as demandas dos agricultores sejam ouvidas e atendidas pelo governo federal.