De acordo com o ministro Carlos Fávaro, o enfrentamento da vassoura-de-bruxa é uma das principais prioridades do Ministério da Agricultur
Em uma reunião realizada na quarta-feira (15), o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, recebeu o ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, para discutir as ações conjuntas do Governo Federal no combate à praga da vassoura-de-bruxa da mandioca no estado do Amapá. A doença, causada pelo fungo Ceratobasidium theobromae (também conhecido como Rhizoctonia theobromae), já afeta dez municípios amapaenses, comprometendo a produção agrícola e a segurança alimentar, especialmente de comunidades indígenas e não indígenas.
Prioridade no Combate à Doença
De acordo com o ministro Carlos Fávaro, o enfrentamento da vassoura-de-bruxa é uma das principais prioridades do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). Fávaro destacou que o governo está atuando de maneira integrada e coordenada para garantir o controle da doença, apoiar os produtores locais e assegurar o abastecimento de alimentos na região.
"O Brasil é uma referência mundial em defesa agropecuária, e estamos tratando essa emergência sanitária com total atenção. Já estamos implementando convênios e investimentos para o custeio da defesa agropecuária no Amapá, que totalizam R$ 2,2 milhões. Caso mais recursos sejam necessários, estaremos prontos para disponibilizá-los sem comprometer a qualidade do trabalho", afirmou Fávaro.
Medidas Emergenciais para Garantir Abastecimento
Dentre as medidas já adotadas pelo governo, está a autorização para a comercialização segura da mandioca braba e da macaxeira. Essas flexibilizações permitem que o produto chegue ao mercado com segurança, sem comprometer a saúde pública.
A macaxeira (ou mandioca de mesa), que é consumida cozida, pode agora ser processada e embalada nas regiões produtoras, facilitando sua venda direta para consumidores em feiras e supermercados.
A mandioca braba, que é utilizada para produção de farinha, também teve sua comercialização flexibilizada. Agora, o processamento da mandioca pode ser feito nas próprias casas de farinha móveis, nas comunidades rurais, permitindo que a farinha seja transportada e comercializada com segurança, atendendo à demanda local sem comprometer a produção.
"Essas medidas garantem que os produtores possam manter sua renda e que os consumidores tenham acesso a um alimento essencial para a população amapaense", explicou o ministro Fávaro.
Investimentos em Pesquisa e Inovação
O Mapa também está investindo em pesquisa e inovação por meio da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), com o objetivo de desenvolver variedades de mandioca que sejam tolerantes ou resistentes à vassoura-de-bruxa. Fávaro informou que o governo, sob a liderança do presidente Lula, reforçou o orçamento da Embrapa, e essa questão será tratada como prioridade número um nas pesquisas de melhoramento genético.
"Estamos confiantes de que a Embrapa vai avançar nessa pesquisa, e, enquanto isso, estamos distribuindo mudas sadias para garantir a produção de mandioca e o abastecimento alimentar no Amapá", afirmou Fávaro.
Trabalho Conjunto e Resiliência Regional
O ministro Waldez Góes, por sua vez, destacou a importância da parceria entre o governo federal, estadual e municipal para mitigar os impactos sociais e econômicos da doença. Ele ressaltou que a mandioca tem um valor cultural e alimentar essencial para a população local, tanto indígena quanto não indígena, e que a doença já atinge oito municípios com situação sanitária reconhecida oficialmente.
"Estamos enfrentando a vassoura-de-bruxa há vários meses, e o apoio do ministro Fávaro tem sido fundamental, não só no combate à doença, mas também no investimento em pesquisa e ciência para garantir a recuperação da produção de mandioca no estado", disse Góes.
Conclusão
O combate à vassoura-de-bruxa no Amapá é um exemplo de como a cooperação entre diferentes esferas do governo e ações rápidas e coordenadas podem minimizar os impactos de uma emergência sanitária na agricultura. O governo brasileiro, por meio do MAPA, está tomando medidas eficazes para garantir que os produtores continuem sua atividade, enquanto desenvolvem soluções duradouras para o futuro da produção de mandioca no estado.