Com o início da colheita de café no Brasil, a Conab avalia que a safra de 2024/25 será melhor do que o previsto em janeiro. Segundo o segundo relatório divulgado em 23/5, a expectativa é que a colheita alcance 58,81 milhões de sacas, o que representa um aumento de 6,8% em relação à última temporada e de 15,55% em comparação com 2022/23, quando ocorreu a última safra de bienalidade positiva.

Embora a colheita ainda esteja no início e tenha atingido 3,9% em abril, a Conab alerta que os dados podem sofrer alterações devido ao comportamento climático. No caso do café arábica, principal espécie cultivada no Brasil, a previsão é de uma safra de 42,11 milhões de sacas, 8,2% maior do que em 2023/24.

Esse aumento é resultado do crescimento tanto da área em produção quanto da produtividade. Na safra atual, houve um aumento de 2,2% na área em produção e uma redução de 3,4% na área em formação. A produtividade estimada para as lavouras brasileiras é de 27,7 sacas por hectare, representando um crescimento de 5,9% em relação à safra anterior.

Em Minas Gerais, o maior estado produtor de café arábica, a safra é estimada em 29,84 milhões de sacas. A Conab também prevê um aumento na colheita de café conilon de 3,3%, mesmo com uma pequena redução na área cultivada. Esse aumento se deve às melhores condições climáticas, especialmente no Espírito Santo, o maior produtor de conilon, e aos avanços tecnológicos nas lavouras, que resultaram em maior produtividade.

A previsão é de que sejam colhidas 16,71 milhões de sacas de conilon, o segundo maior volume da série histórica da Conab, representando um aumento de 3,3% em relação ao ciclo anterior. Apenas o estado do Espírito Santo deverá produzir cerca de 10,81 milhões de sacas, enquanto em Rondônia a colheita deve chegar a 2,73 milhões de sacas, um decréscimo de 10,2% em relação ao volume produzido em 2023/24, devido à renovação das lavouras visando um maior adensamento das plantas.

A área total destinada à cafeicultura no país em 2024/25, incluindo arábica e conilon, é de 2,25 milhões de hectares, um aumento de 0,5% em relação à safra anterior. Essa área engloba 1,9 milhão de hectares de lavouras em produção, com um crescimento de 1,5% em relação ao ano anterior, e mais 344,61 mil hectares em formação, apresentando uma redução de 4,7% em comparação ao mesmo período.