Sim, as sementes de pastagem podem ser guardadas e aproveitadas na safra seguinte devido ao recurso de dormência, que permite que elas germinem tardiamente de forma natural. As sementes de pastagem utilizam esse mecanismo para garantir a perpetuação da espécie, podendo sobreviver por longos períodos e germinar assim que as condições são favoráveis. Algumas variedades como Xaraés e Humidícola são mais propensas a apresentar esse fenômeno, mas também pode ocorrer com Marandu, Mombaça, Piatã, entre outras.

Depois de guardar as sementes, é importante verificar a validade do teste de viabilidade na embalagem, que é mais relevante do que a data de safra. Outros fatores a considerar são a germinação real e o prazo de validade. Caso seja identificada dormência, as sacarias devem ser armazenadas em condições específicas de temperatura e umidade para que ocorra a quebra natural desse estado.

Somente após a quebra da dormência, as sementes passam pelo processo de tratamento Advanced, garantindo alta qualidade e proteção. É realizado um acompanhamento constante, com análises periódicas de germinação para assegurar a viabilidade da semente. Após todo esse processo, uma nova análise é feita para verificar a qualidade da semente antes da comercialização, garantindo sua eficácia.

Portanto, não há problema em adquirir sementes de safras passadas, desde que o teste de viabilidade esteja dentro do prazo de validade. O importante é a qualidade da semente, não a época da safra. Assim como um bom vinho, a semente pode ser de safra antiga e ainda apresentar um excelente desempenho.