A agricultura de precisão é mais adotada pelos produtores de algodão e soja no Brasil, conforme dados do 9º ConBAP. De acordo com a pesquisa da IHS Markit, em parceria com a AsBraAP, a taxa de adoção é de 66% no algodão, 34% na soja e 14% na cana-de-açúcar. O professor Dr. José Paulo Molin destacou em sua palestra o recuo dos produtores de cana, que foram pioneiros na utilização das tecnologias nos anos 2000 e agora estão perdendo espaço.

O mercado da agricultura de precisão no Brasil avançou na aplicação variável de fertilizantes e corretivos de solo. No entanto, o desafio atual é enxergar a lavoura de forma não uniforme, principalmente no manejo de pragas e doenças. A falta de mão-de-obra qualificada é um dos principais obstáculos apontados para a adoção da agricultura de precisão no país, conforme a palestra do Prof. Dr. Antônio Luís Santi.

As ferramentas mais utilizadas para ensino de agricultura de precisão no Brasil incluem GPS (90%), softwares (70%) e penetrômetro (60%). As pesquisas na área abrangem manejo georreferenciado de atributos de solo e planta (80%), uso de drones (45%) e geoestatística (40%). Esses dados fazem parte do levantamento sobre o Ensino e Pesquisa em Agricultura de Precisão nos Cursos de Agronomia das Instituições de Ensino Superior Brasileiras.