Incertezas rondam o setor de proteína animal

mantendo a indústria suína em alerta quanto ao mercado de carnes.

Incertezas rondam o setor de proteína animal

No primeiro trimestre, as condições climáticas influenciadas pelo El Niño demandaram atenção para o mercado de proteína animal, principalmente devido às chuvas acima da média nas regiões Sul e Sudeste, que abrigam cerca de 27% dos rebanhos bovinos. Esse cenário pode afetar as cotações da ração, a entrega de animais para abate e a chegada de insumos para a produção, além de desafios relacionados a fatores geopolíticos, riscos sanitários e poder de compra da população.

Segundo o Rabobank, a produção de carne bovina em 2024 deve ter um aumento recorde de 1% a 2%, impulsionado pelo mercado internacional, expectativas de aumento nas importações chinesas e recuperação do consumo no Brasil. Já a produção global de carne suína tende a desacelerar. Apesar das perspectivas de preços competitivos no mercado externo e aumento na demanda chinesa, o desafio principal permanece no mercado interno, devido à inflação dos alimentos.

A oferta de carne bovina continua desafiando a competitividade da carne suína, não só pelos preços semelhantes, mas também pelo apelo cultural. Para 2024, a oferta de carne suína pode aumentar entre 3% e 4%. Quanto ao frango, espera-se crescimento na oferta e demanda, impulsionado pela competitividade brasileira em preço e pelo potencial de exportação. Os desafios nesse setor devem estar relacionados a questões sanitárias, como a Gripe Aviária.