O alerta dos produtores agrícolas do Sul sobre a crescente presença da cigarrinha-do-arroz tem causado preocupação. A região do Extremo Sul, em especial, vem sendo monitorada de perto pela Cooperativa Agropecuária de Jacinto Machado (Cooperja), que oferece suporte aos agricultores no combate a essa praga. Conhecida como sogata, a cigarrinha-do-arroz tem sido um desafio constante em diversas áreas produtoras, gerando apreensão entre os agricultores.

Recentemente, foi observado um aumento significativo da cigarrinha-do-arroz nas lavouras do Extremo Sul de Santa Catarina. O agrônomo Jordanis Hoffmann, Gestor do Departamento Técnico da Cooperja, destaca que a presença desse inseto tem se intensificado, representando uma ameaça para as colheitas locais.

O ciclo reprodutivo da cigarrinha-do-arroz é rápido, permitindo várias gerações durante uma única safra. Além de atacar o arroz, ela pode se desenvolver em outras plantas, como canevão e grama boiadeira.

Os danos causados por esses insetos incluem a transmissão de doenças, como o "vírus da folha branca do arroz", além de danos diretos às folhas, caules e à produção. Fernando Silveira, engenheiro agrônomo da Epagri, relata um aumento nos casos da praga em toda região.

Para combater a cigarrinha-do-arroz, medidas de controle são essenciais, incluindo o manejo biológico e o uso racional de inseticidas. A destruição dos restos culturais da lavoura após a colheita e o manejo adequado durante a entressafra são destacados como ações fundamentais na prevenção da proliferação dessa praga.