Segundo o Boletim de Conjuntura Agropecuária da semana de 08 a 14 de março, divulgado pelo Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), a colheita da cebola do ciclo 2023/2024 foi finalizada em meados de janeiro. Foram retiradas do solo aproximadamente 86,7 mil toneladas em 2,6 mil hectares, resultando em uma produtividade média de 32,8 toneladas por hectare. Contudo, cerca de 10% da safra permanecia em mãos dos produtores até o final de fevereiro.

Durante esse ciclo, os produtores enfrentaram desafios devido a condições climáticas adversas, como bolsões de calor, chuvas acima da média e baixa insolação na primavera, períodos essenciais para o crescimento e maturação da cebola. Aproximadamente 10 hectares de plantações foram perdidos em decorrência desses fatores, ocasionando uma redução de 8,9% no volume e 8,5% na produtividade por área em relação às projeções iniciais.

O excesso de chuvas e as altas temperaturas também impactaram na qualidade, oferta e preços da cebola. O valor médio nominal recebido pelos produtores em 2023 foi de R$ 2,59 por quilo, registrando uma queda de 12,5% em relação ao ano anterior. Atualmente, os preços no campo giram em torno de R$ 3,50 por quilo.

Na Ceasa/Curitiba, os preços da cebola nacional sofreram variações, chegando a R$ 110,00 por saco de 20kg no final de fevereiro. No varejo, os preços médios oscilaram entre R$ 3,53 e R$ 6,35 por quilo ao longo de 2023, alcançando R$ 6,12 por quilo em dezembro.

Apesar dos desafios enfrentados, há a expectativa de que os plantios da nova safra no Paraná, que têm previsão de início para meados de maio, possam suprir a demanda por alimentos, mesmo diante da incerteza climática associada à possibilidade de La Niña.