Recentemente, os eventos climáticos têm trazido uma série de desafios para os agricultores do Brasil, resultando em perdas significativas. As ocorrências de La Niña nos anos de 2020, 2021 e 2022, assim como do El Niño em 2023, têm afetado severamente a produção agrícola do país. Apesar dos esforços realizados através do Plano de Seguro Rural, os dados revelam uma situação preocupante: houve uma queda significativa na área plantada segurada, passando de aproximadamente 16,2 milhões de hectares em 2021 para cerca de 11,3 milhões de hectares em 2023, o que representa uma redução de cerca de 30%.

Joaquim Neto, presidente da Comissão de Seguro Rural da FenSeg (Federação Nacional de Seguros Gerais), enfatizou a necessidade urgente de adotar medidas para lidar com os impactos dos recentes fenômenos climáticos na agricultura brasileira. Em suas declarações, Neto destacou as consequências das ocorrências de La Niña e El Niño nos últimos anos, que resultaram em grandes perdas para os produtores do país.

"Neto afirmou que nos últimos anos, os fenômenos climáticos de La Niña (2020, 2021, 2022) e El Niño (2023) têm causado grandes prejuízos aos agricultores brasileiros. Ele ressaltou que, apesar dos esforços por meio do Plano de Seguro Rural, houve uma redução preocupante na área plantada segurada e no percentual de prêmios subsidiados pelo governo federal.

Conforme dados apresentados por Neto, a área plantada segurada reduziu de cerca de 16,2 milhões de hectares em 2021 para cerca de 11,3 milhões de hectares em 2023, indicando uma queda de aproximadamente 30%. Além disso, o percentual de prêmio subsidiado também teve uma redução considerável, passando de cerca de 84% em 2021 para aproximadamente 55% em 2023, representando uma diminuição de cerca de 29 pontos percentuais.

Diante das preocupações com o ano de 2024, que pode trazer eventos climáticos extremos devido à previsão de La Niña, como geadas para as culturas de inverno e secas para as de verão nos estados do Centro-Sul, Neto enfatizou a importância do seguro rural como uma medida crucial para reduzir as perdas dos agricultores.

"É necessário aumentar os recursos de subvenção ao prêmio do seguro rural para 2024, devido aos cortes recentes sofridos", declarou Neto. Ele defendeu um aporte adicional de R$ 2 bilhões para o Plano de Seguro Rural neste ano, garantindo apoio aos agricultores diante dos desafios climáticos iminentes.