Durante o período de julho de 2023 a fevereiro de 2024, o desembolso do crédito rural atingiu R$ 293,1 bilhões, mostrando um aumento de 17% em relação à safra anterior, de acordo com dados divulgados pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) com base no Sistema de Operações do Crédito Rural e do Proagro (Sicor/BCB).

Dos recursos disponibilizados, R$ 164 bilhões foram destinados aos financiamentos de custeio e R$ 69 bilhões às linhas de investimentos. Já as operações de comercialização alcançaram R$ 36 bilhões, seguidas pelas de industrialização, que totalizaram R$ 24 bilhões.

Ao todo, foram firmados 1.517.656 contratos ao longo dos oito meses do ano agrícola, sendo 1.133.860 no Pronaf, voltado para a agricultura familiar, e 144.716 no Pronamp, destinado ao médio produtor rural.

Para os demais produtores, foram fechados 239.080 contratos, totalizando R$ 211,7 bilhões em financiamentos liberados pelas instituições financeiras. O valor desembolsado corresponde a 67% do total programado para a safra atual, que é de R$ 435,8 bilhões para todos os produtores, incluindo pequenos, médios e grandes.

Na agropecuária empresarial, que inclui médios e grandes produtores, o crédito rural atingiu R$ 251 bilhões, um aumento de 19% em relação ao mesmo período do ano anterior, representando 69% do total programado.

Os financiamentos para pequenos e médios produtores totalizaram R$ 42 bilhões no Pronaf e R$ 39,3 bilhões no Pronamp. No segmento de investimentos agropecuários, o RenovAgro registrou R$ 4,9 bilhões em contratações, um aumento de 41%, enquanto os financiamentos para o Pronamp subiram para R$ 3,9 bilhões, um crescimento de 101%.

A participação dos recursos livres equalizáveis atingiu R$ 13,6 bilhões, um aumento de 338% em relação ao mesmo período da safra anterior. A LCA Livre contribui significativamente para o funding do crédito rural, respondendo por 49% do total das aplicações na agricultura empresarial, totalizando R$ 123,9 bilhões.

Vale ressaltar que os valores apresentados são provisórios e sujeitos a variações nos trinta dias seguintes ao último mês do período considerado, dependendo da data de consulta nos sistemas de acompanhamento do crédito rural.