Conforme análise da CEEMA, as cotações do trigo em Chicago sofreram recuos, porém menos acentuados do que as da soja e do milho. O fechamento desta quinta-feira para o primeiro mês cotado foi de US$ 5,67/bushel, em comparação com US$ 5,88 uma semana antes, o valor mais baixo desde novembro passado, refletindo a volatilidade do mercado de commodities agrícolas. Enquanto aguardava os dados do Fórum Outlook do USDA, o mercado especulava sobre a projeção de área a ser plantada com trigo nos EUA para 2024, estimada em cerca de 19 milhões de hectares, uma diminuição de 5,47% em relação ao ano anterior.

Na Ucrânia, mesmo em meio ao contexto de guerra com a Rússia, prevê-se a manutenção da área plantada na primavera de 2024 em comparação com o ano anterior, com previsões de 4 milhões de hectares de milho, 5,3 milhões de hectares de girassol e 1,78 milhão de hectares de soja. Para o ano 2023/24, a Ucrânia espera colher 23,4 milhões de toneladas de trigo.

Na França, de acordo com a FranceAgriMer, os estoques de trigo macio devem alcançar o maior nível dos últimos 19 anos até o final do ano comercial, devido à redução das exportações francesas do cereal com o retorno da Ucrânia ao mercado. Espera-se que os estoques em 30/06 atinjam 3,5 milhões de toneladas, um aumento de 37% em relação ao ano anterior, com projeções de exportações de trigo macio reduzidas em 1% em comparação com o ano anterior, totalizando 6,32 milhões de toneladas.