Segundo a CEEMA, o mercado de trigo no Brasil está enfrentando desafios, com preços em queda, em média, R$ 61,53 por saco no Rio Grande do Sul e oscilando entre R$ 63,00 e R$ 66,00 no Paraná. A baixa oferta de trigo de qualidade no país devido à safra frustrada tem levado a um aumento nas importações, que chegaram a 383.950 toneladas até a terceira semana de fevereiro, comparadas com 291.630 toneladas no mesmo período do ano anterior. Essa realidade preocupa os produtores, podendo resultar em uma redução do plantio de trigo no Brasil.

Os preços mais baixos do trigo argentino, aliados à estabilidade cambial, estão pressionando para baixo os preços internos no Brasil, tornando a competição para o trigo nacional mais difícil. Para competir com o trigo argentino, produtores paranaenses precisam vender a tonelada por cerca de R$ 1.240,00 (ou R$ 74,40 por saco), enquanto os gaúchos precisam negociar em torno de R$ 1.230,00 por tonelada (ou R$ 73,80 por saco) para o CIF Grande Porto Alegre. No entanto, devido à grande oferta de trigo de menor qualidade, os preços estão ainda mais baixos.

De acordo com a ANEC, o Brasil planeja exportar 715.863 toneladas de trigo em fevereiro, comparadas com 522.988 toneladas do ano anterior no mesmo mês. No acumulado de 2024, as exportações brasileiras de trigo totalizam 1,4 milhão de toneladas, em comparação com 2,5 milhões de toneladas do ano anterior.