Período entre outubro e dezembro terá aumento significativo de ofertas
Até o momento, a comercialização do trigo da safra nova está em baixa devido à atitude dos produtores, que estão aguardando uma alta nos preços antes de vender seus grãos. No entanto, essa estratégia pode se transformar em um problema, causando uma queda generalizada nos preços e nos compradores, alerta o analista sênior da Consultoria TF Agroeconômica, Luiz Pacheco.
A produção de trigo no Brasil para a safra 2021/22 deve ficar entre 9,2 e 10 milhões de toneladas. A retração nas vendas está sendo motivada pelos agricultores devido ao aumento dos custos de produção e à expectativa de repetir os bons preços da safra passada, mesmo com um aumento significativo na produção deste ano. Essa postura, segundo Pacheco, pode impactar negativamente os preços.
A falta de vendas resultará em excesso de oferta entre outubro e dezembro, o que pressionará os preços para baixo. Atualmente, os preços oferecidos aos produtores de trigo no Brasil estão entre os mais altos do mundo, mas a competitividade no mercado nacional e internacional exigirá quedas nos preços ao longo dos meses. A relutância dos agricultores em vender pode levar a uma redução drástica na produção no próximo ano.
Com possíveis prejuízos para os triticultores nos estados do Rio Grande do Sul e Paraná, a expectativa é de que a produção de trigo diminua, afetando o projeto de expansão da cultura. A falta de acompanhamento adequado dos mercados futuros de trigo pode resultar em perdas significativas para todos os envolvidos, mas a oportunidade de lucro ainda se mantém atraente para a próxima safra, caso seja devidamente explorada.