Qualidade dos primeiros grãos colhidos está abaixo do esperado, aponta analista
Agentes de mercado no mercado do café na bolsa de Nova York estão agora direcionando sua atenção para o início da colheita 2024/25 de arábica no Brasil, deixando de lado as preocupações com a safra do tipo robusta no Vietnã. Os contratos encerraram a sessão com uma alta de 1,97% nesta quinta-feira (9/5), sendo cotados a US$ 2,0145 a libra-peso.
Haroldo Bonfá, diretor da Pharos Consultoria, destaca que o foco do mercado está nas notícias sobre a safra brasileira, com relatos de má qualidade dos grãos de café devido ao calor intenso durante o início da colheita. Ele ressalta que, embora seja cedo para precificar, essa situação já está gerando preocupação no mercado.
Além disso, Bonfá observa que fatores técnicos levaram o café a ser negociado acima dos US$ 2 a libra-peso, e que as análises gráficas indicavam uma possível queda para os US$ 1,97, cenário que não se concretizou. Ele acredita que o mercado pode testar níveis ainda mais altos nas cotações.
Quanto ao café robusta negociado na bolsa de Londres, Bonfá aponta para uma estabilização nos valores futuros, com os agentes de mercado tentando compreender o impacto da seca no Vietnã e como as chuvas recentes podem amenizar a escassez hídrica.
Em relação a outros produtos, o cacau se valorizou pelo terceiro dia consecutivo, enquanto os contratos do suco de laranja concentrado e congelado para julho tiveram alta de 2,68%. Por outro lado, o algodão e o açúcar apresentaram queda, com os papéis para julho caindo 1,82% e 0,10%, respectivamente.