Segundo projeção da Associação Brasileira dos Processadores e Utilizadores de Tomate Industrial (Tomate BR), a área plantada com tomate destinado ao processamento industrial para produção de polpa, extrato e molhos prontos para o consumo deve ter uma queda de 1% em 2024, totalizando 19,42 mil hectares. Esta revisão substitui a previsão anterior de um aumento de 7% na área plantada, que era de 20,91 mil hectares, divulgada em janeiro. A mudança de perspectiva é atribuída pela Tomate BR às condições climáticas adversas, como o evento El Niño, e à alta proliferação de pragas, como a mosca branca.

Vlamir Breternitz, diretor da Tomate BR, explicou que as altas temperaturas nos meses de janeiro, fevereiro e março favoreceram a migração de agentes transmissores de doenças, como a mosca branca, causando danos severos às lavouras e até mesmo a erradicação de algumas delas. Além disso, as chuvas intensas em março também dificultaram o transplante de mudas, atrasando o plantio dos produtores, que tiveram que reduzir o espaço do plantio para evitar riscos climáticos, considerando a proximidade do fenômeno La Niña no segundo semestre.

Com todas essas adversidades, a previsão de produção de tomate para 2024 foi revista para baixo, passando de 1,9 milhão de toneladas para 1,7 milhão de toneladas. Mesmo com essa redução, se confirmado, o volume representará um crescimento de 13% em relação a 2023, mas ainda aquém das expectativas iniciais para o ano.