Análise dos custos de produção de tomate em Caçador (SC)

Estudantes do 11º ano realizam levantamento sobre o tema.

Análise dos custos de produção de tomate em Caçador (SC)

A Hortifruti Brasil atualizou os custos de produção de tomate de mesa pelo 11º ano consecutivo na região de Caçador (SC), considerando duas escalas de produção: pequena e grande. O encontro para discutir a escala pequena ocorreu em 2 de maio de 2023 e, pela primeira vez desde o início da pandemia de covid-19, foi realizado presencialmente. Os valores apresentados correspondem à temporada consolidada de 2022/23 e à safra 2021/22, cujos dados já tinham sido divulgados em 2022 para efeitos de comparação.

A continuidade do cenário em que um produtor típico de pequena escala cultiva cerca de 15 mil plantas por safra, com um espaçamento de 10 mil plantas por hectare, é observada. No entanto, foi relatado no Painel de 2023 que alguns tomaticultores desse perfil reduziram a quantidade de plantas cultivadas nos últimos anos, devido a dificuldades financeiras anteriores à safra 2021/22. Em contrapartida, produtores mais eficientes conseguiram resultados acima da média e expandiram seus cultivos, mantendo a área média estável em 1,5 hectare. As condições climáticas mais secas dos últimos dois anos, influenciadas pelo fenômeno La Niña, favoreceram a produção de tomate, aumentando a produtividade. Além disso, a presença de produtores mais eficientes contribuiu para o aumento do rendimento médio ao longo dos anos. Como resultado, a produtividade teve um aumento significativo de 61% na safra 2021/22 em relação à anterior e de 3,2% na safra 2022/23. Em média, estima-se que foram colhidas 4.650 caixas por hectare na temporada 2021/22 e 4.800 caixas por hectare na safra 2022/23, sendo essa última a melhor produtividade média já registrada para essa escala de produção desde o início do levantamento de dados de custos pela Hortifruti/Cepea.

Os produtores típicos de pequena escala geralmente cultivam tomates em terra própria, realizando rotação de culturas com atividades como pimentão, milho, beterraba, uva, pêssego, entre outras. A propriedade típica é de 20 hectares, dos quais 80% são agricultáveis e os outros 20% são destinados à preservação ambiental.

A estrutura necessária para a produção se manteve com um barracão para uso geral e uma casa para o funcionário. O custo de implantação do tutoramento do tomate aumentou 7,9% na safra 2022/23 em comparação ao ano anterior, chegando a R$ 9.058,90 por hectare, devido ao aumento dos preços dos componentes.

As caixas de colheita foram retiradas do inventário, já que são fornecidas pelos compradores. Por outro lado, foi destacado que o transporte do tomate é de responsabilidade do produtor e passou a ser incluído na planilha de custos, mesmo que já fosse um custo arcado pelo produtor, porque antes era deduzido do preço de venda do tomate.

A depreciação é calculada de acordo com a utilização em cada atividade, pois os bens são compartilhados com outras culturas. O inventário não apresentou mudanças em relação ao ano anterior.