Previsão de preços acima dos custos de produção para o ano de 2023
A partir do final de maio, os preços do tomate têm oscilado constantemente, subindo e descendo a cada uma ou duas semanas. De maio até a semana atual (14 a 18/08), ocorreram oito períodos de queda e seis de alta nos preços. Durante esse mesmo período, apenas uma semana registrou valores estáveis, enquanto outras apresentaram variações acentuadas, positivas ou negativas. Essa volatilidade é principalmente atribuída às variações de temperatura ao longo do ano, que afetam a maturação e oferta do tomate. A chegada do tomate rasteiro no mercado em algumas semanas a partir de junho, somado ao término e início gradual de safras, também contribui para esse cenário. Apesar da frequência maior de quedas nos preços, a média se manteve acima dos custos de produção.
Na última semana de julho, os preços se aproximaram dos custos de produção, apenas para se recuperarem na semana seguinte. Em comparação com o ano passado, os preços entre maio e agosto deste ano estão em patamares mais favoráveis devido à menor produtividade e oferta, assim como maior demanda da indústria. A entrada de tomate rasteiro no mercado tem sido menor este ano, mesmo com o aumento da produção desse tipo de tomate. A redução dos estoques mundiais e possíveis ajustes no calendário de plantio para o mercado de tomate de mesa também impactaram a situação. Além disso, a área cultivada diminuiu em 2023.
Comparando os meses de maio a agosto do ano passado com o mesmo período deste ano (até o dia 18), os preços médios de venda aos produtores foram de R$ 69,02 em 2023, um aumento de 47% em relação a 2022, que registrou R$ 46,93. Os detalhes das oscilações de preços podem ser conferidos na tabela abaixo.