A disseminação do vírus através do contato direto com as mãos
As autoridades argentinas registraram a presença do vírus rugoso do tomateiro em lavouras no norte do país, identificado como ToBRFV. Essa detecção coloca o Brasil em alerta para proteger sua produção de tomates. A pesquisadora Alice Nagata, da Embrapa Hortaliças, destaca a importância de informar e mobilizar produtores, técnicos e autoridades para reduzir os riscos da entrada desse vírus no Brasil. Ela ressalta a necessidade de garantir a sanidade das sementes importadas e a importância de ações conjuntas entre governo e setor privado para prevenir a disseminação do patógeno.
Os sintomas da infecção pelo ToBRFV são manchas irregulares, deformações e textura fina nas folhas, e manchas amareladas a marrons nos frutos, podendo ser confundidas com outros vírus, como o mosaico-do-tomateiro. A facilidade de disseminação do ToBRFV o torna mais perigoso, podendo ser transmitido por plantas infectadas, mãos, equipamentos e através do inseto mamangava.
Pesquisadores da Embrapa estão empenhados na prevenção, realizando monitoramento e testes de diagnóstico de viroses. Eles buscam identificar resistência ao ToBRFV em plantas, enquanto propõem um sistema de monitoramento com teste rápido para detecção do vírus como medida preventiva. Em caso de detecção, medidas de isolamento e desinfecção poderiam contribuir para a erradicação do vírus, segundo a cientista.