O impacto das condições climáticas adversas na qualidade e produtividade dos cultivos
A colheita da primeira safra de tomates, que começou a ser plantada em agosto de 2023, já cobriu 91% dos 2,4 mil hectares. No entanto, houve uma diminuição significativa na produção, conforme apontado pela Previsão Subjetiva de Safra (PSS) e pelo Boletim de Conjuntura Agropecuária do Departamento de Economia Rural (Deral), ligado à Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (Seab), divulgados nesta quarta-feira (27).
A estimativa de produção de 138,5 mil toneladas representa uma redução de 10,1% em relação às projeções iniciais de 154,1 mil toneladas. Além disso, as produtividades também caíram 9,9%, com uma média de 58,4 mil kg/ha, comparada aos 64,8 mil kg/ha previstos. Essa queda é atribuída ao excesso de chuvas no início da primavera e às nove ondas de calor intenso desde o começo do ciclo dos plantios, que afetaram a qualidade final do produto.
Já o plantio da segunda safra de tomates, que teve início em janeiro, abrange uma área de 1,6 mil hectares, com 80% já plantados. Entretanto, a produtividade também foi impactada, apresentando uma média de 56,5 mil kg/ha, 13,6% abaixo da estimativa inicial de 65,4 mil kg/ha. Essa redução se deve às persistentes ondas de calor intenso observadas no primeiro trimestre do ano.
No mercado atacadista das Centrais de Abastecimento de Curitiba (CEASA/PR), os preços do tomate Extra AA Longa Vida variaram entre R$ 80,00 e R$ 150,00 a caixa de 20 kg desde o início do ano, com o preço atualmente em R$ 120,00. Com base na série histórica, que mostra preços mais altos nos meses de abril, espera-se uma estabilização no clima para uma gradual redução nos preços dos tomates para o consumidor final.